quarta-feira, 30 de março de 2011
às vezes me lembro dele.
sem rancor, sem saudade, sem tristeza. sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. nunca mais o vi, depois que foi embora. nunca nos escrevemos. não havia mesmo o que dizer. ou havia? ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas ! é possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. é possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. fingir que encontra. acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo
Olhando a foto, foi quando eu descobri que tua ausência inda doía ..
E o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo - quis tanto ter você, depois silêncio - mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona... E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo - desculpa essas palavras com cara de choro - ainda há reticências
Evito. Evito e EVITO.
Tento fingir que você vim ou não, tanto faz. Tento fingir que passou, que passado é passado e pronto! Mas você vem. Vem e muda tudo. Mostra que pode ser presente. Olha nos meus olhos e me diz que a felicidade tá ali, na minha frente. Continuo tentando disfarçar que ok, tudo bem... com ou sem você, vou ficar bem. Mas você me conhece (espertinho!). Sabe que não é bem assim... Aos poucos, essqueço tudo. Vivo o agora, o momento, o hoje (ou o ontem). Se vai ser passado amanhã, não importa.
Evito. Evito e EVITO.
Tento fingir que você vim ou não, tanto faz. Tento fingir que passou, que passado é passado e pronto! Mas você vem. Vem e muda tudo. Mostra que pode ser presente. Olha nos meus olhos e me diz que a felicidade tá ali, na minha frente. Continuo tentando disfarçar que ok, tudo bem... com ou sem você, vou ficar bem. Mas você me conhece (espertinho!). Sabe que não é bem assim... Aos poucos, essqueço tudo. Vivo o agora, o momento, o hoje (ou o ontem). Se vai ser passado amanhã, não importa.
A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça.
Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça
A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça.
Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça
A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça.
Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.
Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.
E eu choro e ouço todos dizendo passa, que vai passar ..
Mas esse é o problema, não quero que passe. Quero ser tua, quero que você seja meu. Quero poder sempre te amar e ouvir o quanto sou amada, quero poder acordar com você me enchendo de beijo ou simplesmente acordar pra ver o quanto é lindo você dormindo. Mas do meu lado, eu quero você do meu lado. Será que ninguém entende?Tudo bem, sou bonita, legal, simpática e tem até uns carinhas legais me procurando por aí, mas nenhum deles sequer tem a capacidade de se parecer um pouquinho com você. Nenhum deles lembra seu jeito doce de encarar a vida e de me acalmar um dia antes daquela entrevista chata de emprego. Nenhum deles me faz rir como você faz. Agora vocês me entendem? Agora sabem porque eu choro?Porque não quero que passe. Eu quero poder acreditar que aquela sua jura de amor eterno é verdadeira
Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar ..
Ele me conta das meninas, eu conto dos caras . Eu acho engraçado quando ele fala “Ah, enjoei, ela era meio sem assunto” e olha pra mim com saudade . Ele também ri quando eu digo “Ah, ele não entendeu nada” e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora . Ou vai, mas sempre volta . Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre . Ainda que ele case, more na Bósnia, são quase quinze anos . Somos pra sempre.
Minha vontade agora é sumir ..
Chamar você. Me esconder. Ir até a sua casa e te beijar e dizer que te amo e que você é importante demais na minha vida para eu te abandonar. Sacudir você e dizer que você é um otário porque está me perdendo dessa maneira. Minha vontade é esquecer você. Apagar você da minha vida. Lembrar de você a cada manhã. Pensar em você para dormir melhor. Então eu percebo: IT’S ME, e minhas vontades são bipolares demais. Só o que não é bipolar demais é a minha ganancia por te ter. Sim, eu escolheria você. Se me dessem um último pedido, eu escolheria você. Se a vida acabasse hoje ou daqui mil anos, eu escolheria você
Jogado, descabelado, na rede. e você ainda é o homem mais lindo do mundo.
no canto da foto dos amigos bêbados, e você é o homem mais lindo do mundo. com gorro, no meio da confusão do frio. escondido embaixo de tanta roupa. no fundo do mar. no escuro. de costas naquela festa chata. meu Deus, como você é lindo. não sei direito o que é aurora boreal, mas acho que deve ser algo lindo que se formava enquanto você era feito. (...) você vai ser infinitamente o garoto mais lindo do mundo para suas garotas infinitamente mais lindas do mundo. me pergunta uma daquelas coisas para eu dar uma daquelas respostas que você morre de rir. me deixa pirar no seu céu da boca escancarado. eu sou a bonitinha que lê uns livros e vê uns filmes. você é essa força absoluta e avassaladora que jamais precisará abrir a boca para impor sua vitória. você coloca aquele moletom cinza com dizeres do surf e eu experimento um guarda-roupas inteiro pra ficar à sua altura. (...) não existe não morrer um pouco quando você chega.
Eu queria acreditar que na verdade ali do meu lado era você ..
Juro que tentei eu sentei do lado e pensei essa é a expressão que ele mais usava , até as palavras da boca dele eram iguais as suas , tentei por um segundo não lembrar que não era você , fiz tudo pensando que era você , mais no fim não deupra enganar o seu jeito era tão diferente , sua risada não era rouca , seu cabelo não era arrepiado e seu sorriso era de homem mesmo , sua mão não era pequena e o seu abraço era protetor . Como que eu faço pra parar de achar que o beijo é seu ? O beijo não é seu , o perfume também não e as diferenças são imensas , nada é mais estranho do que não estar sentada do seu lado agora passando a mão no seu cabelo e falando pra você abaixar o som que eu tô com dor de cabeça .. Enfim agora eu sou obrigada a aprender que você não é ele , e que ele nunca , jamais chegara perto de ser você , nem ao menos no meu coração !
Tantas vezes eu dormi vazia e me enchi de você por tantos respiros frenéticos,
Contidos num espaço de segundo, na etapa curta do sono em que os sonhos acontecem e nada é tão grande que consiga separar a minha boca da sua, a nossa verdade da frieza simétrica do mundo. Tantas outras eu dormi cheia de esperanças e acordei com azia da vida por ter me empanturrado de sonhos e por não terem inventado ainda sal de frutas contra realidade. Mas você continua em mim. Eu posso desligar o computador, posso quebrar a televisão, nunca mais ler jornal, fechar os olhos, apertar os punhos, tapar os ouvidos, encher minha boca de tantas outras palavras, de tantos outros cantos que não falem de você. Mas não, nada adianta. Não te cantar não significa não te escrever nas minhas entrelinhas, tapar os ouvidos não significa não te ecoar o tempo todo dentro de mim, no escuro do que é ser eu. murros ao vento não impedem a dor, olhos fechados também conseguem chorar sua ausência. jornal, internet, televisão, fax, rádio, código Morse, sinal de fumaça... como se a nossa sintonia dependesse, mesmo, disso. É como naquele clipe do Foo Foghters: todas as certezas da minha vida bem na minha frente, depois da parede de vidro. Incontável o quanto eu prometi a mim mesma não te sofrer, não te lutar, não te falar à quatro ventos pra não te gastar em palavras. Mas você continua latente bem na minha frente, todos os dias, todos os minutos, em cada suspiro de alegria, tristeza ou vazio que saia de mim. Todas as manifestações de vida, na minha, são você. Toda a vida que eu guardei e gastei em porções mínimas, sobraram pra durar você. Eu que não sei de tantas coisas, continuo crente no que, pros outros, parece incerto. Eu que sempre fui tão imediata e fugaz, sento agora no cantinho mais confortável de mim, sem aquele desespero do começo, pra esperar você. Eu sei que você vem."
deitei-me na minha cama nova e apaguei a luz.
Esperei para ver quando ia começar a chorar ou a me preocupar, já que era isso o que geralmente acontecia comigo quando as luzes estavam apagadas, mas na verdade eu estava me sentindo bem. Eu estava bem. Sentia os primeiros sintomas do contentamento. Meu corpo cansado perguntou à minha mente cansada: “Era só disso que você precisava?”
Não houve resposta. Eu já estava profundamente adormecida
Não houve resposta. Eu já estava profundamente adormecida
Eu quero sim te matar, porque você tem uma mania surda de responder todas as minhas perguntas com um "ãhhh?
enjoado, e eu quero te socar porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim. Mas quando qualquer outra coisa no mundo me irrita, eu lembro que eu tenho você pra me fazer sentir essa raiva nossa de sitcom inteligente. Não somos um casal melado, mas duvido que tenha alguém que duvide do nosso amor. Quer dizer, a gente duvida, mas a gente é louco. (...) E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja, o quanto você se engana. E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo. E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado
'Se meu coração não se emociona mais, fiquei me perguntando o que eu estava fazendo ali.
Se não sonho mais, não planejo mais, não desejo mais, não espero mais nada, o que eu estava fazendo ali?
Não te amo mais, queria dizer a ele, pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso. Sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais. Mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra. Aliás, não quero mais nada. Só ir embora.
Não te amo mais, queria dizer a ele, pela primeira vez, sem esperar que ele sofresse com isso. Sempre quis que ele sofresse com o dia em que eu não o amasse mais. Mas justamente porque eu não o amo mais, nem quero mais que ele sofra. Aliás, não quero mais nada. Só ir embora.
Jogado, descabelado, na rede. e você ainda é o homem mais lindo do mundo.
no canto da foto dos amigos bêbados, e você é o homem mais lindo do mundo. com gorro, no meio da confusão do frio. escondido embaixo de tanta roupa. no fundo do mar. no escuro. de costas naquela festa chata. meu Deus, como você é lindo. não sei direito o que é aurora boreal, mas acho que deve ser algo lindo que se formava enquanto você era feito. (...) você vai ser infinitamente o garoto mais lindo do mundo para suas garotas infinitamente mais lindas do mundo. me pergunta uma daquelas coisas para eu dar uma daquelas respostas que você morre de rir. me deixa pirar no seu céu da boca escancarado. eu sou a bonitinha que lê uns livros e vê uns filmes. você é essa força absoluta e avassaladora que jamais precisará abrir a boca para impor sua vitória. você coloca aquele moletom cinza com dizeres do surf e eu experimento um guarda-roupas inteiro pra ficar à sua altura. (...) não existe não morrer um pouco quando você chega
Eu queria acreditar que na verdade ali do meu lado era você ..
Juro que tentei eu sentei do lado e pensei essa é a expressão que ele mais usava , até as palavras da boca dele eram iguais as suas , tentei por um segundo não lembrar que não era você , fiz tudo pensando que era você , mais no fim não deupra enganar o seu jeito era tão diferente , sua risada não era rouca , seu cabelo não era arrepiado e seu sorriso era de homem mesmo , sua mão não era pequena e o seu abraço era protetor . Como que eu faço pra parar de achar que o beijo é seu ? O beijo não é seu , o perfume também não e as diferenças são imensas , nada é mais estranho do que não estar sentada do seu lado agora passando a mão no seu cabelo e falando pra você abaixar o som que eu tô com dor de cabeça .. Enfim agora eu sou obrigada a aprender que você não é ele , e que ele nunca , jamais chegara perto de ser você , nem ao menos no meu coração !
Lá está ela, mais uma vez.
Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá pra prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa. Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera. Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é? A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas? A moça.. ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. As vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera? E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda.'
Outro dia me peguei pensando que entre dobrar aquela esquininha da sua rua e ganhar na mega-sena acumulada, eu preferia a esquininha.
A esquininha que você dobrou quando saiu da casa dos seus pais, a esquininha que você dobrou chorando, porque é mesmo o cúmulo alguém não te amar. A esquininha que você dobrou a vida inteira, indo para a faculdade, para a casa dos seus amigos, para a praia. Eu amo a sua esquininha, eu amo a sua vida e eu amo tudo o que é seu.
Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu. Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão pequena querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado
Amo você, mesmo sem você me amar. Amo seus rompantes em me devorar com os olhos e amo o nada que sempre vem depois disso. Amo seu nada, apenas porque o seu nada também é seu. Amo tanto, tanto, tanto, que te deixo em paz. Deixo você se virando sozinho, se dobrando sozinho. Virando e dobrando a sua esquininha. Afinal, por ela você também passou quando não me quis mais, quando não quis mais a minha mão pequena querendo ser embalsamada eternamente ao seu lado
Seu jeito de zombar de mim com coisas bobas, me deixa boba.
É uma saudade que aperta, machuca, comprime o estômago, e que me faz sonhar. Suas qualidades anulam seus alguns defeitos, ainda que até seus defeitos me soem bem. É tudo tão claro, tão vivo. E a gente às vezes ainda se esbarra, ainda que não fisicamente, mas a gente se esbarra. Você me fala da idealização da sua vidinha, e eu te falo da minha vidinha idealizada. Eu tento falar de outras coisas, você também, e quando a gente vai ver, você me diz sobre saudade. Você finge não saber, e eu finjo não me importar. E ainda que em silêncio, ainda fazemos muito barulho. Sua foto antiga, com aquele sorriso mais lindo de todo o mundo, no cantinho esquerdo, me faz cada vez mais não saber o que dizer. Dou uma de louca, e sorrio para a sua foto, converso com ela e digo tudo o que precisava te dizer. Então te digito umas meia dúzia de palavras, de quem só consegue falar desse amor com uma foto. Você mal entende, e eu sempre deixo quase transparente que, se você quiser, eu ainda te espero pra sempre. E bastaria uma meia palavra, pra toda essa saudade ficar apenas num texto, pra você vir pro meu lado, pra gente rir de um textinho de uma saudadezinha que me matava, pra você me olhar e dizer que ela não mais vai existir, pra você ser meu e compreender que eu vou ser sua pra sempre.
Mas viver junto é o certo, certo? Certo.
Porque amor é tudo o que todo mundo procura. Amor tem a função impossível de preencher os buracos que já nasceram vazios, amor tem a obrigação de curar traumas de infância, de ser mais importante do que as realizações pessoais, do que o nosso egoísmo que poderia nos alavancar pra frente, amor tem o desejo quase burro, quase louco de tapar com outras as nossas saídas respiratórias, porque amor enche tudo, amor cobre tudo,amor não te deixa respirar, nem andar em dois pés, nem ver a vida com os dois olhos que nasceram no seu rosto, num único par.
(..) Não vou maltratar o amor, porque o amor move tudo, o amor resolve tudo, o amor luta as lutas que eu não tenho coragem de lutar, o amor faz retratos tão bonitos e escreve poesias incríveis, o amor me dá material há anos para falar só dele, em tantas frases diferentes, sempre ele, como um mantra, e mesmo só me repetindo há anos, o amor faz parecer tudo novo, porque todo mundo continua na busca, no desespero, na corrida, na largada, no final do túnel, na outra metade da laranja, segurando a tampa de uma panela, do outro lado do telefone, o amor continua, o amor corre, corre, corre, o amor nunca chega, mas ele também nunca vai embora porque ele é onipresente e todo mundo deseja, almeja, reza tanto o amor o tempo todo. O amor é o Deus sem igreja, o amor tem diversos demônios em si, ciúme, traição, amor doença, amor dor.
Ruim ou bom, longo ou curto, todo mundo precisa ou pensa que precisa de amor. E como o instinto é mais rápido que a razão, eu vou continuar entupindo minhas vias respiratórias de tudo o que tenha aquele cheiro, aquele gosto, aquela textura dele, do meu amor.
(..) Não vou maltratar o amor, porque o amor move tudo, o amor resolve tudo, o amor luta as lutas que eu não tenho coragem de lutar, o amor faz retratos tão bonitos e escreve poesias incríveis, o amor me dá material há anos para falar só dele, em tantas frases diferentes, sempre ele, como um mantra, e mesmo só me repetindo há anos, o amor faz parecer tudo novo, porque todo mundo continua na busca, no desespero, na corrida, na largada, no final do túnel, na outra metade da laranja, segurando a tampa de uma panela, do outro lado do telefone, o amor continua, o amor corre, corre, corre, o amor nunca chega, mas ele também nunca vai embora porque ele é onipresente e todo mundo deseja, almeja, reza tanto o amor o tempo todo. O amor é o Deus sem igreja, o amor tem diversos demônios em si, ciúme, traição, amor doença, amor dor.
Ruim ou bom, longo ou curto, todo mundo precisa ou pensa que precisa de amor. E como o instinto é mais rápido que a razão, eu vou continuar entupindo minhas vias respiratórias de tudo o que tenha aquele cheiro, aquele gosto, aquela textura dele, do meu amor.
E eu olho sua foto e fico me perguntando porque diabos nunca nos demos uma chance?
Porque diabos todas as vezes que nos encontramos em algum lugar a gente nunca conseguiu se olhar de verdade? Se olhar no fundo dos olhos?
Talvez porque eu estava preocupada com aquele relacionamento antigo, e esqueci que era capaz de querer você. Esqueci que era você também tinha me feito sorrir um dia, e que eu poderia escolher você para fugir de toda a feiúra do mundo. É, eu esqueci você, eu esqueci a gente pra viver algo que nem eu mesma entendo.
Mas você, bem, você sempre esteve me ligando o tempo todo. Mesmo quando você estava com outra, mesmo quando eu te dizia 'Pará de me ligar'. Você me ligava de manhã em todos os meus aniversários, me ligava nas noites de 24 de Julho só pra comemorar a falta que a gente se fazia um pro outro desde que nos conhecemos. Falta poucos dias pro nosso aniversário, e eu nem sei porque eu ainda atendo seus telefones, nem sei porque eu esculto voce, eu não sei. Você nunca foi inspiração de nenhum texto meu, de nada, eu nunca falei de você . Eu ignorava você até o meu ultimo fio de cabelo. Até hoje, até eu achar a foto velha...
Eu gostava mesmo de você, mas insisti em algo que eu amava. Eu realmente amava tudo aquilo. E você era só o gostar, era só o cara que não me esquecia, era o cara que me via como uma mulher não como menina. Era isso, eu gostava de você, de ouvir você, mas não era amor. Ai o tempo, o Senhor tempo passou ... e hoje, eu acho que você realmente merecia ter tido uma chance, você realmente merecia ter sido a fonte de companheirismo dos últimos anos. É, a gente não viveu nem metade do que merecíamos. Mas agora é tarde pra tentarmos nos conectar de novo, porque eu to sozinha, você ta sozinho, mas nós amamos a liberdade, nós dois nos acostumamos a sentir falta de algo que nunca tivemos: porque eu nunca tive você, e eu nunca fui sua. A gente ama sofrer um pelo outro, a gente ama conversar só pra comemorar mais um tempo separados. E é assim que a gente vai seguir até alguém de nós tomar vergonha na cara e se assumir, ou simplesmente só sumir. Ou eu, ou você tem que sumir. A gente não começou nada e nem acabou nada, mas então porque a gente insiste em comemorar algo? É, falta. É falta do que fazer. É falta de ligar pra outro alguém
Talvez porque eu estava preocupada com aquele relacionamento antigo, e esqueci que era capaz de querer você. Esqueci que era você também tinha me feito sorrir um dia, e que eu poderia escolher você para fugir de toda a feiúra do mundo. É, eu esqueci você, eu esqueci a gente pra viver algo que nem eu mesma entendo.
Mas você, bem, você sempre esteve me ligando o tempo todo. Mesmo quando você estava com outra, mesmo quando eu te dizia 'Pará de me ligar'. Você me ligava de manhã em todos os meus aniversários, me ligava nas noites de 24 de Julho só pra comemorar a falta que a gente se fazia um pro outro desde que nos conhecemos. Falta poucos dias pro nosso aniversário, e eu nem sei porque eu ainda atendo seus telefones, nem sei porque eu esculto voce, eu não sei. Você nunca foi inspiração de nenhum texto meu, de nada, eu nunca falei de você . Eu ignorava você até o meu ultimo fio de cabelo. Até hoje, até eu achar a foto velha...
Eu gostava mesmo de você, mas insisti em algo que eu amava. Eu realmente amava tudo aquilo. E você era só o gostar, era só o cara que não me esquecia, era o cara que me via como uma mulher não como menina. Era isso, eu gostava de você, de ouvir você, mas não era amor. Ai o tempo, o Senhor tempo passou ... e hoje, eu acho que você realmente merecia ter tido uma chance, você realmente merecia ter sido a fonte de companheirismo dos últimos anos. É, a gente não viveu nem metade do que merecíamos. Mas agora é tarde pra tentarmos nos conectar de novo, porque eu to sozinha, você ta sozinho, mas nós amamos a liberdade, nós dois nos acostumamos a sentir falta de algo que nunca tivemos: porque eu nunca tive você, e eu nunca fui sua. A gente ama sofrer um pelo outro, a gente ama conversar só pra comemorar mais um tempo separados. E é assim que a gente vai seguir até alguém de nós tomar vergonha na cara e se assumir, ou simplesmente só sumir. Ou eu, ou você tem que sumir. A gente não começou nada e nem acabou nada, mas então porque a gente insiste em comemorar algo? É, falta. É falta do que fazer. É falta de ligar pra outro alguém
saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas.
A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo.
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