sexta-feira, 17 de junho de 2011


vez que mais doeu .

Talvez porque um pouco antes, quando eu ainda amava sua nuca e sua eterna mochila nas costas como amei poucas coisas na vida . Pode ser mesmo que isso passe, pode ser que amanhã eu acorde e você tenha ido embora . Ainda assim, ainda que amanhã chegue para estragar tudo, poder chegar em casa e ver tudo diferente já são milhões de quilômetros rodados . Zilhões . Você não sabe, nem sonha, mas você acaba de zerar minha vida . Você acaba de zerar tudo . Com a parte mais quente das suas costas, com o seu medo de beijo na orelha e com o seu jeito de se desculpar por falar demais e balançar os pés, você acaba de me salvar .


Eu olho tanto meu celular,


Que já decorei de quanto em quanto são cinco minutos . Eu tenho vontade de jogar meu celular numa parede qualquer . E me libertar da vontade de ouvir sua voz . De novo, de novo, eu não canso . De novo fazendo romance em cima de um conto breve . Só isso . E lá estou eu achando que você pode ser um forte candidato a homem da minha vida . Lá estou eu acreditando que exista um homem da minha vida . Se você não ligar, nunca mais, eu vou ficar triste, igual fiquei semana passada porque outro não ligou, igual fiquei semana retrasada porque outro sumiu . Igual eu vivo ficando chateada e vive passando . Eu tenho prostituído demais a minha espera . E as coisas parecem perder a importância toda hora . O problema é que, para perder a importância toda hora, toda hora vivem ganhando importância, e eu estou ficando cansada .

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